O eventual encerramento dos terminais de Multibanco nalgumas das Freguesias do concelho de Santana – designadamente nas Freguesias de São Roque do Faial e do Arco de São Jorge “é uma decisão que não pode ser aceite sem que existam outras alternativas para quem aqui vive”, afirmam os presidentes de Junta das respectivas localidades, Gonçalo Jardim e Nélio Gouveia, assumindo uma posição contra aquela que dizem ser uma decisão “meramente economicista” por parte da Caixa Geral de Depósitos, colocando em causa o interesse da população residente nestas freguesias. Decisão que, a confirmar-se, também se aplica à freguesia da Ilha, liderada pelo CDS e presidida por João Gomes.
Conforme sublinham os autarcas social-democratas, “o interesse das populações deve ser prioridade em todas as circunstâncias”, tanto mais em localidades que já sofrem de algum isolamento e onde “é inadmissível que se retirem serviços e respostas que são essenciais no dia-a-dia, tanto para efectuar pagamentos quanto para levantar dinheiro que depois, em regra, é também derramado na economia local”.
Presidentes de Junta de Freguesia que, neste enquadramento, lamentam que a Câmara Municipal de Santana “não tenha tomado as devidas diligências para evitar esta situação”, vincando que “combater o isolamento e contribuir para soluções que realmente sirvam o concelho obriga a um trabalho que não se esgota nas Festas e na propaganda política e que incide, precisamente, em garantir respostas e em dialogar com as instituições que as asseguram, para evitar que as mesmas tomem decisões penalizadoras, desta natureza”.
Gonçalo Jardim e Nélio Gouveia que, a este propósito, assumem ir “até às últimas consequências” para evitar que os terminais de Multibanco deixem de funcionar nas suas respectivas freguesias. “Estamos preocupados e apreensivos com este eventual desfecho e, em nome do interesse das populações a quem servimos, estamos dispostos a trabalhar para que tal não aconteça e, nesse sentido, iremos solicitar uma reunião à Câmara Municipal e à entidade bancária responsável por estes terminais, no sentido de perceber o que é que podemos fazer e de que forma é que podemos contribuir para que esta decisão não venha a ser uma realidade nem seja definitiva ”, afirmam os autarcas ‘laranja’, que, também nesta matéria, assumem ser “a voz das populações que nem sempre é ouvida no concelho”.
Dentro das nossas responsabilidades e competências, sublinham, por fim, os presidentes de Junta, “temos a obrigação de salvaguardar o interesse de todos os cidadãos que vivem nas nossas Freguesias e julgamos que este tipo de decisões em nada beneficiam quem aqui vive e não é assim que se apoiam as pessoas nem que se garantem as condições para que o desenvolvimento, a qualidade de vida e o acesso a todo o tipo de bens e serviços sejam uma realidade em todos os concelhos da nossa Região”, rematam.