A ‘falta’ de cemitério na freguesia do Porto da Cruz continua por resolver… e a dar que falar. Apesar de existir na freguesia nortenha dois cemitérios, ambos estão desactivados e sem solução à vista. Um, o antigo, além do seu estado precário já não apresenta sequer condições para poder funcionar esgotada a (pouca) capacidade. O outro, o novo, além de apresentar graves problemas estruturais resultado do último temporal, acresce a agravante de ter sido construído numa zona problemática devido à instabilidade do próprio terreno.
Problemas que se agravaram no final do ano passado quando, por incapacidade de resposta, os falecidos na freguesia do Porto da Cruz passaram a ser enterrados no cemitério municipal de Machico, localizado na freguesia de Água de Pena.
O imbróglio ainda sem resolução, divide opiniões e continua a dar que falar. Foi o que aconteceu na última Assembleia Municipal de Machico, realizada no Porto da Cruz.
“Ter dois cemitérios e nenhum funcione, é melhor ter três cemitérios e ter um que funcione”, propôs Élvio Encarnação, deputado municipal do PSD. Justifica a necessidade por entender que “morrer no Porto da Cruz e ir enterrar para Água de Pena é um peso muito forte”.
Segundo o presidente da Câmara de Machico, Ricardo Franco, recuperar o novo cemitério custaria uma fortuna. “Aquela infra-estrutura como está não é possível manter” ao revelar que “a estimativa era de 2,4 milhões de euros para recuperar o cemitério como estava antes”.
Ricardo Franco baseia-se num estudo geotécnico realizado pela empresa envolvida na obra ali realizada, ao revelar que a “sondagem” feita realizou “um furo até 47 metros de profundidade” sem que fosse possível “dar com o rijo”. O estudo comprovou que o novo cemitério foi construído num “terreno muito instável” com “infiltrações de águas” e por isso “constantemente a afundar”. Revelou ainda que o estudo permitiu concluir que “a falésia por cima também está instável” e “a inclinar para o lado do cemitério”.
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