Moradores nas imediações da ribeira da Tabua, no sítio dos Lugares, estão preocupados com “o desvio brusco” que está a ocorrer na intervenção/canalização da ribeira na zona onde estão localizados pavilhão e armazéns. Manifestaram essa inquietação ao DIÁRIO, sob reserva da identidade, ao verificarem que a obra de regularização e canalização da ribeira da Tabua, a montante da ER 222 – 2ª fase, para evitar ‘tocar’ nas edificações que “enforcam” a ribeira, para não ‘estrangular’ a secção de vazão, obriga a demolir parte do talude na margem oposta para garantir largura condizente com o canal a montante.
A empreitada adjudicada por mais de 7.5 milhões de euros, é da responsabilidade da Secretaria Regional de Equipamentos e Infraestruturas (SREI).
Confrontada com as queixas de quem receia que o desvio possa comprometer a segurança, a SREI garante que “a ribeira vai manter a mesma capacidade de vazão (secção de vazão) que apresenta a montante, conseguida através de um reperfilamento do terreno natural na margem esquerda da ribeira”. Relativamente ao desvio e eventual risco que o mesmo possa implicar, o governo deixa claro que “o traçado em planta está estudado de forma a não apresentar singularidades que possam introduzir riscos acrescidos, permitindo o escoamento torrencial em caso de cheia”. Assegura também que “a natureza dos terrenos da margem esquerda – oposta ao local onde estão edificados pavilhão e armazéns – não apresenta problemas de instabilidade estrutural”.
Ainda a propósito da ‘curva’ mais acentuada que a nova canalização irá dar à linha de água, o gabinete do secretário regional Pedro Fino acentua que “a segurança inerente ao funcionamento hidráulico do canal fluvial não está comprometida com a solução projectada”. Razão para assumir que “foi opção do projecto adaptar-se às infra-estruturas edificadas nas margens da ribeira. No caso em concreto, reperfilando a margem esquerda da ribeira (em estado natural e sem edificações), de forma a garantir a manutenção das actividades industriais existentes, permitindo a sua continuidade e dos respectivos postos de trabalho”, destaca o dono da obra.
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