Moradores no Estreito de Câmara de Lobos responsabilizam a Águas e Resíduos da Madeira – ARM, entidade responsável pela distribuição de água no Concelho de Câmara de Lobos, de ser responsável pelo corte na rede privada de ‘água de pena’.
Na origem da suspeita está uma vala recentemente aberta pela ARM, junto ao supermercado Modelo do Estreito, no âmbito de trabalhos de beneficiação na rede de abastecimento público. Os clientes abastecidos (também) pela rede de água de pena – rede privada com origem em nascente na zona do Jardim da Serra -, constataram que a água de pena deixou de chegar aos heréus residentes abaixo da zona onde a ARM interveio e quando esta interveio, uma vez que a água de pena continuou a chegar aos residentes abastecido por esta rede privada com residência do local da obra.
Dantas e Armando, ambos pertencentes à associação de heréus da água de pena, são dois lesados que não hesitam em ‘apontar o dedo’ à ARM.
Residente na Rua Professor José Joaquim da Costa – abaixo da Quinta do Estreito –, Armando acusa a empresa pública intermunicipal de ser responsável pelo corte da água de pena.
“A água de pena só faltou quando abriram uma vala junto ao ‘Modelo’ e quem esteve lá em obras foi a ARM. Nessa altura, quando abriram o buraco, começou a derramar em frente ao supermercado e essa água só começou a cansar (parar) quando fecharam a água de pena. O problema é que já terminaram a obra nessa zona e a água de pena nunca mais voltou. Mas essa água continua a chegar até aqui acima – Quinta do Estreito – só que agora, já não passa daí para baixo”, relata.
Descrição confirmada por Dantas. Tendo em conta os factos, ambos acusam a ARM de ser a responsável pelo corte na rede de água de pena.
Ao DIÁRIO a ARM declinou responsabilidades.
“Não houve qualquer corte de água ou desvio desta rede de ‘água de pena’ por parte da ARM, porque a gestão da mesma não é nossa responsabilidade”, justificou.
A empresa intermunicipal liderada por Amílcar Gonçalves esclarece que “a ARM, no âmbito de uma intervenção de manutenção da rede sob sua gestão, verificou a existência de uma fuga na referida rede de distribuição de ‘água de pena’, tendo alertado as entidades competentes para esta situação.”