Inicialmente designada por Nossa Senhora do Monte, a freguesia do Monte celebra hoje o 435º aniversário.
Para assinalar a data, logo à tarde, pelas 18h30, haverá celebração eucarística a realizar na Igreja de Nossa Senhora do Monte.
Reza a história que ao longo da segunda metade do século XIX, tornou-se, a Sintra madeirense por influência germânica de Fernando II de Portugal, um refúgio romântico para as famílias abastadas do Funchal, que no Verão preferiam um clima mais fresco. Datam dessa época as inúmeras “quintas de lazer” – casas rodeadas por jardins e parque, e uma vista deslumbrante sobre a baía do Funchal – que distinguem a freguesia.
É o caso da Quinta Jardins do Imperador, última residência de Carlos I da Áustria, que escolheu viver no Monte o exílio a que foi forçado pela queda do Império Austro-Húngaro.
O Imperador está sepultado na Igreja de Nossa Senhora do Monte. O coração, seguindo a tradição, está depositado em terras do império.
O poeta Herberto Hélder é um dos grandes nomes ligados ao Monte.
A partir de 1850, surgiu uma nova forma de transportar rapidamente as pessoas abastadas do Monte ao Funchal: os carros de cesto, canapés em vime, almofadados a chita, sobre patins de madeira revestidos de couro ensebado, deslizando, pela força da gravidade e controlados por cordas, à retaguarda, por dois condutores a pé, os ‘carreiros’. 3 km de aventura.
Até finais do século XIX, quando entrou em funcionamento o Caminho de Ferro do Monte, mais tarde prolongado até ao Terreiro da Luta (a cerca de 850 metros de altitude). Foi desactivado durante a Segunda Guerra Mundial mas, ainda hoje, o Caminho do Comboio lhe deve o nome.
O Monte foi sempre uma das principais atracções turísticas da Ilha.