O passeio a Santana com crianças da Pré-escolar da Escola do 1º Ciclo com Pré Escolar do Campanário (EB1/PE Campanário) acabou em bronca por causa da (ir)responsabilidade pela alimentação do condutor.
A deslocação ao Parque Temático da Madeira, em Santana, inicialmente prevista durar até meio da tarde desta sexta-feira (saída de Campanário às 9 horas e regresso de Santana pelas 16 horas) acabou por não passar da hora de almoço por causa de um alegado desentendimento entre a direcção da escola e a autarquia.
De acordo com testemunhos de pais e encarregados de educação, as crianças saíram de Campanário pelas 9h15 no autocarro da Câmara Municipal da Ribeira Brava, e pouco depois de terem chegado à cidade nortenha, ou seja, por volta do meio-dia, já estavam de regresso a Campanário.
Inicialmente este passeio a Santana preencheria todo o dia, com algumas horas de divertimento aproveitando as diversas valências daquele Parque Temático, incluindo almoço fornecido por estabelecimento local – aos pais chegou a ser solicitado 5 euros para pagar a refeição acertada.
Acontece que o novo regulamento de cedência e utilização das viaturas de passageiros da CMRB, que entrou em vigor esta Primavera, remete para a entidade requerente a responsabilidade pela alimentação do condutor sempre que se verifique a necessidade do serviço se efectuar num período superior a 5 horas, o que era o caso. Por razões não apuradas – Natividade Silva, directora da EB1/PE Campanário recusou esclarecer com o argumento “não tenho nada a comentar” – a escola terá recusado assumir essa responsabilidade ou sequer solicitar aos pais da meia centena de crianças mais uns cêntimos (0,20×50=€10) além dos 5 euros para o almoço do seu educando, de modo a garantir o almoço do motorista e, consequentemente, assegurar a realização integral do passeio conforme inicialmente programado.
Resultado: O almoço das crianças no Parque Temático foi cancelado, assim como grande parte das actividades previstas, e o passeio anual que era para ser memorável, resumiu-se ao turno da manhã, ou seja, quase pelos 120 quilómetros da viagem de autocarro de ida e volta.
“Foram a Santana comer o lanchinho que levaram e fazer chichi, porque já não terá dado tempo para muito mais”, desabafou um pai agastado com a situação.
Apesar das várias tentativas no sentido de ser esclarecido o sucedido, tanto Ricardo Nascimento, presidente da autarquia, como Rafael Sousa, vice-presidente com o pelouro dos Transportes, mantiveram-se incontactáveis.