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Pico dos Barcelos da minha infância

8 Maio, 2018 às 16:21
sonia perneta

Sónia Perneta

Atualmente é um atrativo turístico regional, de onde podemos vislumbrar todo o vale e encostas que circundam o Funchal.

A “olho nu” alcançamos o Cabo Girão, Estreito de Câmara de Lobos, Eira do Serrado e Pico do Arieiro. Do outro lado, a oeste, podemos apreciar a Freguesia do Monte onde se ergue a linda igreja sempre iluminada, a Choupana também situada sobre uma verde encosta, São Gonçalo e, um pouco mais ao longe, a Ponta do Garajau. Se olharmos para o mar, deparamo-nos com as ilhas desertas, que parecem aqui tão perto. Deste miradouro encontramos uma união perfeita de cores. Um verde cheio de vida que se realça entre o azul de um céu límpido e o azul de uma mar calmo e convidativo.

O Miradouro do Pico dos Barcelos foi contruído em 1950 e está situado a cerca de 355 metros de altitude. Diariamente dezenas de autocarros, carrinhas e carros ligeiros movimentam este ponto turístico. Recentemente remodelado, conta agora com áreas de restauração, zona de comercialização de produtos regionais, parque infantil e uma maior área de estacionamento. Diariamente passam por ali centenas de pessoas para apreciar as magníficas vistas. Passeiam por entre os jardins bem cuidados e registam as paisagens. É também um dos locais mais escolhidos para a passagem de ano. Nessa noite o Pico dos Barcelos enche-se de animação, potes e foguetes que lhe dão ainda mais cor.

Famílias inteiras reúnem-se para usufruir do fogo-de-artifício que circunda e cobre todo aquele pico, tornando-o ainda mais mágico.

Na minha infância não era assim. As memórias daquele espaço levam-me sempre ao dia de Natal. Lembro-me do Pico dos Barcelos como um espaço onde, no dia de Natal, nos dias feriados e ao fim de semana, reuniam-se dezenas de pessoas para conviverem, conversarem, brincarem.

Lembro-me das brincadeiras da época, em grupos. O jogo do lenço e a roda eram as que mais se destacavam pela quantidade de pessoas que participavam. Havia também quem jogasse às cartas ou que estivesse presente apenas para pôr a conversa em dia.

Um grande largo, cujo piso eram as pedrinhas de calçada madeirense (característica esta que ainda se mantém), rodeado de estruturas em pedras que mais parecem cogumelos. As plantas predominantes eram os “foguetes” cujas flores vermelhas e laranja ficam suspensas em longas e altas hastes, dando um colorido único aquele espaço. As longas folhas, verde cinza, eram “assinadas” por todos os que lá passavam. Em cada planta, em mais que uma folha, encontrávamos o nome de alguém, uma data, uma declaração de amor, uma citação.

Lembro-me das brincadeiras da época, em grupos. O jogo do lenço e a roda eram as que mais se destacavam pela quantidade de pessoas que participavam. Havia também quem jogasse às cartas ou que estivesse presente apenas para pôr a conversa em dia.

O miradouro do Pico do Barcelos já recebeu e continua a receber ilustres visitantes.

Em 1951 Maria Matos escreve um poema dedicado à nossa Ilha: “Ilha dos amores!…”

Num dos seus textos cita a nossa ilha, onde descreve o Pico dos Barcelos, entre outros como “…lugares queridíssimos, ungidos de poesia, onde a vida parece suspender-se na contemplação de um lindo sonho!”

Adelaide Felix, escritora e jornalista, natural de Santarém, refere o nosso afamado miradouro num texto de homenagem à ilha da Madeira, em 1963.

“Ou dos panoramas que nos cortam a palavra, nos afugentam qualquer orgulho, quando os miradouros, arroubados, lá no Terreiro da Luta, lá no Pico dos Barcelos?…”

Mais recentemente, e como forma de dar a conhecer a nossa ilha, Cristiano Ronaldo fez questão de mostrar ao mundo parte da sua freguesia. Realizou uma sessão fotográfica no miradouro, rodeado dos seus troféus mais emblemáticos. Esta única imagem correu o mundo, divulgou a paisagem maravilhosa do Pico dos Barcelos. Acredito que, todos os dias, alguma pessoa, em alguma parte do mundo, através de uma foto ou de um vídeo, fique com vontade de conhecer o nosso Pico dos Barcelos.

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