Embora (ainda) sem ter afixado o projecto da obra, conforme havia prometido Filipe Sousa, presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz, a autarquia já respondeu a André Nóbrega, que representa os assinantes da Petição para consulta e revisão do projecto da obra do Largo da Achada, na Camacha.
Duas semanas após a petição pública subscrita por 522 cidadãos, o ‘rosto’ da petição pública promovida por quatro ‘camacheiros da Achada’, André Nóbrega, recebeu ofício com resposta às questões levantadas na petição entregue na autarquia sobre a obra em curso no Largo da Achada.
Assinado por Raquel Gonçalves, a chefe de gabinete do presidente Filipe Sousa, a autarquia santa-cruzense começa por informar que “o Plano pode ser consultado na plataforma ACINGOV, onde sempre esteve de forma pública e acessível a qualquer cidadão”. Esclarece depois as dúvidas e reparos fundamentados no requerimento público. Nomeadamente, que “o piso do ringue será para manter, permitindo assim a multifunção que o mesmo garante até agora”.
O mesmo em relação a “todas as árvores do recinto”, neste caso admitindo apenas que poderá “haver deslocação de plantas mais pequenas”. Assegura ainda que “todas as peças que constam no actual Parque Infantil serão integradas no novo espaço” a surgir deslocalizado do actual. Revela ainda que “no parque de merendas serão criadas duas mesas junto ao Mercadinho”. Em relação à controversa substituição do pavimento, a autarquia santa-cruzense deixa claro que “o piso de pedra do Largo da Achada será apenas mantido junto à zona da Eira da Elsa, pois, ao longo dos últimos anos, foram muitas as queixas recebidas na Câmara Municipal relativamente à desadequação do mesmo, ao perigo que representa a sua irregularidade, às poças de água em tempo de chuva”. Justifica assim a substituição quase total, reforçada pelo facto do piso não ter “valor histórico ou patrimonial”, pelo que “a ideia é tornar o recinto conforme à sua utilização como zona de lazer e passeio”.
A terminar, o Município de Santa Cruz reafirma que “a actual intervenção tem como preocupação reabilitar uma zona que esteve ao abandono durante décadas, dando-lhe dignidade que a Camacha merece e valorizando todos os elementos históricos que a integram, como é o caso da Eira da Elsa, monumento ao futebol, busto do Conselheiro Aires de Ornelas. Além disso, será criado um monumento de homenagem ao artesão do vime”, conclui a nota de esclarecimento enviada aos subscritores da petição.