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Serra de Água! Terra de Poncha e …… muito, muito mais

22 Fevereiro, 2018 às 15:50
jorge santos

Jorge Santos

Serra de Água é uma freguesia com 342 anos, cerca de 1049 habitantes (censos 2011), 24,7 Km2 e situa-se ao longo de um dos vales mais bonitos que conheço. Estende-se desde a meia-légua até a Encumeada, entre enormes montanhas como o pico grande e uma paisagem única e ímpar.

Seu nome deriva, ao contrário do que muitos pensam, não da abundância de água nas suas serras (que também é um facto) mas do nome dos engenhos utilizados pelos nossos antepassados para transformar os enormes troncos de madeira em tabuado – Serras movidas pela água. Engenhos esses que, hoje em dia, já não existem na freguesia.

E a nossa história começa precisamente na altura em que se iniciou a desflorestação desta zona e que, segundo dados escritos, a sua vegetação era tão densa que a entrada pelo vale a cima durou anos e anos. Conforme foram avançando ao longo da ribeira, foram-se fixando algumas pessoas, pessoas essas, muitas das quais trabalhavam no ramo da transformação da madeira.

Daí que a nossa população se encontra ao longo da ribeira e na parte central e de menor declive, então já mais afastada da mesma.

Ao mesmo tempo que se cortavam as árvores, foi-se preparando a terra para a agricultura e, nesse aspecto, foi necessário um trabalho árduo e moroso para construir as “engenhosas” paredes em pedra para segurar as terras nas zonas de maior declive, ao qual chamamos de “Poios” e uma extensa rede de levadas para trazer a água às colheitas. Hoje em dia, essas obras ainda são facilmente visíveis nas nossas encostas, embora ao abandono.

Seu nome deriva, ao contrário do que muitos pensam, não da abundância de água nas suas serras (que também é um facto) mas do nome dos engenhos utilizados pelos nossos antepassados para transformar os enormes troncos de madeira em tabuado – Serras movidas pela água.

Depois da transformação da madeira e até o século passado, a agricultura e a criação de gado, foi o principal sector de actividade dos nossos antepassados. Na agricultura, destaca-se entre outros produtos, a batata, o trigo e o centeio. No gado, o bovino, as ovelhas e as cabras.

Durante o século passado destaca-se ainda o artesanato, os trabalhos em vimes e o bordado. Estes últimos quase inexistentes de momento, contudo o artesanato ainda é uma realidade embora numa pequena expressão no número de artesãos existentes. Assim como a produção de castanha e da noz que, de momento, é quase inexistente.

Nos finais do século passado e até ao momento, o sector secundário foi ganhando algum peso na actividade económica desta zona, sendo a construção civil, a hotelaria, a restauração e os bares as que mais geram empregos.

E, por falar em bares – A PONCHA.

Sim, falar da Serra de Água é obrigatório falar da “Poncha”.

A Poncha não é originária desta zona, mas nos últimos anos ganhou uma aliança à nossa terra e já é uma marca, uma identidade, e, a nossa “MOSTRA DA PONCHA E DO MEL”, já é um cartaz que leva a nossa freguesia além fronteiras.

E como disse, Serra de Água não é só poncha e o Mel é um exemplo disso. O Mel teve nos últimos um aumento significativo na produção que também caminha para esse patamar.

Mas há mais.

Serra de Água é uma freguesia com imensos locais de interesse histórico e turístico. Neste campo, destaco a Igreja Matriz, a Central Hidroeléctrica, o Caminho Real da Encumeada, a Pedra Vermelha, as Arcadas do Moinho Velho, a levada do norte e uma enorme e imensa variedade de miradouros, veredas e trilhos que fazem deliciar os olhos e o coração.

Na área cultural e fruto do enorme trabalho das instituições locais que “teimam” em não deixar morrer as suas tradições destaco: o Espírito Santo na Encumeada, o Cantar dos Reis, os Jogos Tradicionais, os carrinhos de Pau, os cantares populares, entre outros.

Por último e não menos importante, a nossa Padroeira e as nossas gentes.

A nossa padroeira – Nossa Senhora da Ajuda. Esta festa religiosa celebra-se a 15 de Agosto e para todos nós e até para muitos emigrantes é sempre um momento especial.

E é um momento especial, por ser a quem sempre recorremos nos momentos mais difíceis. E na nossa história, muitos foram esses momentos e sempre, mas sempre, a freguesia teve as forças necessária para se erguer e ultrapassar esses momentos.

As nossas gentes, gentes que conheço bem. Estas são pessoas humildes, acolhedoras, trabalhadoras e acima de tudo, lutadoras.

Por estas e outras razões, aconselho-vos uma visita a este lindo vale e, é claro, antes de ir beba uma poncha.

Um bem hajam aos que nos visitam.

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